Diferentes vivências foram compartilhadas durante a V Semana da Família Acolhedora de Valinhos, realizada em maio, quando mais de uma centena de pessoas se reuniram para tratar do tema que mobiliza a cidadania em todo o país. Uma das experiências tocantes relatadas durante o evento foi da família de Mauro da Conceição, que já acolheu duas crianças.
Nesta edição do evento oficial da cidade, cinco diferentes Estados marcaram presença: famílias acolhedoras de São Paulo, Rio Grande do Sul, Maranhão, Minas Gerais e Ceará. Mauro da Conceição, aposentado, e sua esposa Sandra, professora, moram em São Paulo e durante o evento puderam relatar as vivências durante o acolhimento. Após a capacitação realizada pelo Funsai-Ipiranga-SP, em 2019, receberam a primeira criança, um menino de oito meses, com síndrome de down, que estava internado em um hospital da cidade. Mauro relata que toda a família, amigos e conhecidos foram altamente tocados com a presença da criança. Após seis meses, a família do acolhido já estava preparada para recebê-lo de volta.
O segundo acolhimento foi de uma criança de cinco anos, que já tinha vivências em acolhimentos e rejeição de adoção. Após o preparo, em conjunto com a equipe técnica da cidade, o casal acolheu a criança por sete meses, acompanhando em tratamentos médicos, diversas terapias com psicóloga e fonoaudióloga, até a criança estar preparada e ser recebida em um novo ambiente familiar. Agora, adotado por uma família que também adotou outros dois irmãos da sua família de origem.
“Este evento da Família Acolhedora de Valinhos foi muito valioso, contribuiu ainda mais para a nossa troca de experiências e para conhecer os outros Serviços de Acolhimento Familiar. Também foi muito importante confirmar dados oficiais de sucesso da Família Acolhedora no País, apresentado pelo Juiz de Direito, Dr. Sergio Luiz Kreuz. Eu pude saber mais sobre o acolhimento na adolescência e desmistificar a situação que ainda não vivenciei. Confirmamos que essa atuação é algo transformador, não somente para as crianças, mas incrivelmente positivo para todos os integrantes das famílias envolvidas. Este tipo de encontro tem que ser estimulado em todo o País”, relata Mauro Conceição.
A Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, que realiza o Serviço de Acolhimento Familiar de Valinhos, em parceria com Secretária de Assistência Social do município, realizará ainda neste ano mais quatro encontros para reunir interessados e famílias já atuantes para sanar dúvidas e incentivar mais pessoas a participar do programa.
Os interessados podem obter mais informações no site www.casadacriancadevalinhos.com.br ou enviar e-mail: familiaccava@gmail.com, através do telefone (19) 3829-3410 ou WhatsApp (19) 98367-0113.

Há dois anos, Elaine Matias Reis, formada em pedagogia e pós-graduada em psicopedagogia, atua como educadora no acolhimento institucional da Casa da Criança. A educadora, que também é mãe de uma menina de 12 anos, conta a importância da preparação dos adolescentes no tempo certo, com uma abordagem que ofereça autonomia para eles.
Cuidar do meio ambiente também é evitar os criadouros do mosquito transmissor da dengue. A melhor recomendação para evitar a dengue é impedindo a multiplicação do mosquito transmissor da doença. Práticas sustentáveis como reciclagem, coleta, tratamento, transporte e destino correto dos resíduos contribuem para a saúde do planeta e das pessoas. Evitar o acúmulo de água parada nos reservatórios, recipientes, objetos que não se usa mais contribui para a prevenção da proliferação do mosquito da dengue.
“É preciso ter ciência que não é somente a família que deve proteger a infância e a adolescência. Toda sociedade precisa estar atenta e não se eximir da responsabilidade de denunciar qualquer tipo de maus tratos. Não podemos ser coniventes com condutas que comprometam a integridade humana, principalmente dos que ainda não podem buscar ajuda sozinhos. Cabem aos adultos superar os tabus, agir em defesa da garantia e promoção dos direitos das crianças e adolescentes, orientar e acolher sempre. Disque 100 e denuncie qualquer suspeita”, enfatiza Adriana Simões, coordenadora da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos.
Silvia Assis, valinhense atuante no programa há seis anos, contará aos participantes do evento a sua vivência em acolher crianças de diferentes personalidades e idades. Atualmente, Silvia está no oitavo acolhimento.
A V Semana da Família Acolhedora Valinhense de forma inédita reúne autoridades Valinhenses e especialistas reconhecidos como Dr Sergio Luiz Kreuz, Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Paraná, que fará a palestra no dia 10 de maio, às 19h20, com a tema “Os impactos do trabalho em rede para a efetividade dos Serviços de Acolhimento Familiar, e a implantação dos Serviços de Acolhimento Familiar no Brasil”. No mesmo dia, às 20h10, a co-fundadora e coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar Teto & Afeto de Capivari e do Grupo Capivari de Apoio à Adoção, no interior de São Paulo, Letícia Camargo, realizará a segunda palestra com o tema “Quem pode implantar um Serviço de Acolhimento Familiar?”
Para Maria Helena, o conceito da pintura vai além da composição de cores, elementos geométricos, figurativos e da natureza. As imagens referenciais podem ser captadas de forma particular para cada pessoa. “A criatividade individual revela muito da complexidade da personalidade, do inconsciente e pode ser uma grande aliada na arte e na vida. Identifico isso em cada aluno, durante as aulas e também depois, há relatos emocionantes dos benefícios da prática da pintura na vida de alunos, mesmo após anos do aprendizado. Recomendo que todos possam descobrir por meio da arte o vasto universo que se abre e contribui definitivamente para toda a nossa existência, sobretudo em tempos de adversidades que estamos vivenciando com a pandemia”, explica a professora.
“Eu e meus irmãos tivemos a possibilidade de contar com as oficinas no Janela Aberta, o que fez toda diferença em nossas vidas, pois minha mãe sempre trabalhou duro o dia inteiro, sozinha garantia o sustento da família. A nossa infância foi marcada pelas oficinas de arte, pintura, teatro, música e tantas outras atividades que reforçavam bons valores e ética. Na Casa da Criança estivemos protegidos, longe das ruas, da violência e das drogas. Foi no Janela também que me entusiasmei pela pintura em tela, com a professora Maria Helena. Guardo até hoje os quadros que produzi e principalmente todo carinho, amor e respeito que recebi. Agora, prestes a concluir a faculdade, trabalhando, sigo apoiando a minha mãe com as contas de casa, e penso em me especializar, quem sabe, em auditoria e um dia voltar a pintar quadros também. Caso pudesse, diria às crianças e aos adolescentes para aproveitar cada segundo nas atividades da instituição. Sinto saudades e gratidão pelas oportunidades”, conta a estudante.
Por isso a necessidade de monitorar, e é possível fazer isto sem invadir a privacidade das crianças. No serviço de acolhimento, a equipe de educadores é orientada a fazer uma aproximação saudável do universo das crianças e adolescentes. Através do vínculo afetivo, conversar e procurar saberem o que elas fazer no computador, quais jogos gostam, com quem conversam. Quando o vínculo é estabelecido, isto passa a acontecer de forma natural.

19h40 Apresentação do Serviço de Acolhimento de Valinhos e Relatos de Experiências das Famílias Acolhedoras de Valinhos e das Famílias Acolhedoras que compõe o GT de Serviços de Acolhimento Familiar da Região Metropolitana de Campinas e SP
Para a Casa da Criança, a proposta poderá render momentos de união inesquecíveis para as famílias. Assim como lembra a diretora da instituição, Wanda Dini. “A minha infância foi marcada por brincadeiras tradicionais como pular corda, jogo de gato, amarelinha, cabeça de batata e a família participava com alegria e isso ninguém pode esquecer. As nossas crianças de hoje também podem descobrir um universo mágico, que independentemente do tempo desperta o interesse quando se brinca com quem a gente gosta. Sabemos que quando há sentimentos bons envolvidos a brincadeira se perpetua na memória das pessoas”, relata Wanda.