Pedagogos, professores, crianças e adolescentes têm dinâmica integrada
O acolhimento da Casa da Criança promove aos pequenos uma experiência de resgate positivo do significado da educação. Assim explica a pedagoga do Serviço de Acolhimento Institucional, Renata Damas, referindo-se ao processo de apoio educacional. Os acolhidos estudam em escolas do munícipio de Valinhos e são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, tanto da escola como da entidade, que atuam de forma coordenada para apoiar os estudantes nas atividades propostas.
Os acompanhamentos são realizados na instituição, com horários definidos para receberem o apoio de educadores, psicólogo e pedagoga. “A relação da nossa equipe com a escola é fundamental. Nós buscamos essa maior aproximação durante toda a pandemia. Os professores e coordenadores foram muito receptivos, realizaram um trabalho intenso, personalizado, que vai além do tradicional. Entenderam as demandas e produziram conteúdos e tratamentos muito especializados. As crianças puderam perceber mais o quanto a educação se faz essencial em suas vidas”, enaltece a pedagoga.
Com cerca de 400 alunos da região do Jardim Jurema, a Escola Municipal Profª Alice Sulli Nonato também precisou se adaptar e enfrentar os desafios das aulas remotas. Por conta da pandemia, as aulas passaram a acontecer com atividades em salas digitais e aplicativos. Ainda neste período, receberam a demanda da Casa da Criança para que pudessem entender e alinhar a dinâmica da educação a distância para os acolhidos.
“Nossa escola é bastante inclusiva, se antes da pandemia já era um desafio aplicar o conteúdo proposto a todos os alunos, imagina nestes tempos, sem o contato presencial. O trabalho proativo da Renata Damas, pedagoga da Casa da Criança, é muito positivo. Diariamente mantemos o diálogo com ela para tratar das questões especificas dos alunos. Mesmo sem conhecer pessoalmente algumas das crianças, nossas professoras também puderam desenvolver um trabalho intenso personalizado para atender a defasagem pedagógica identificada conjuntamente. Esse estreitamento das profissionais da instituição com a nossa equipe é fundamental, conseguimos agir de forma estratégica, somando forças, talento e disposição. A dinâmica estabelecida é notória e positiva para a evolução do processo de aprendizagem das crianças. Esperamos seguir com esta aproximação e integração, mesmo agora com a retomada das aulas presenciais”, explica Rita de Cassia Conceição, coordenadora pedagógica da escola Profª Alice Sulli Nonato.
Para a pedagoga da instituição, as atividades realizadas dentro da Casa da Criança precisam ser bem construídas para serem assimiladas. Renata Damas conta que, além do conhecimento que apresenta por sua vivência no terceiro setor, reúne também conceitos da sua experiência no universo da arte, do teatro, da dança e da cultura popular brasileira.
“Buscamos associar o estudo a um momento prazeroso e importante. Assim, sempre que possível, adotamos atividades lúdicas e artísticas que possam dar suporte e reforço, sobretudo na rotina diária para que se organizem de forma tranquila, afetiva e efetiva. Fui até a escola conversar com as coordenadoras e professoras para poder aproximar as realidades. Depois pude também agendar uma visita com as crianças, pois ainda nem conheciam aquele novo ambiente escolar. É muito gratificante ver como elas podem se desenvolver e apresentar um potencial incrível. Vamos incentivar essas ações para também ampliarem a socialização com a volta das aulas presenciais”, finaliza a pedagoga Renata.
Os interessados em apoiar os projetos da Casa da Criança de Valinhos devem ligar 19 3871-0546 ou acessar o site casadacriancadevalinhos.org.br.

Com o mesmo conceito de preservação da natureza, o ilustrador e muralista, que marcou diversas cidades pelo mundo com suas cores, conquistou em 2019 um prêmio na cidade de Izmir, na Turquia, onde concorreu com artistas do mundo todo e sua obra ficou exposta em um importante edifício. Mais informações sobre o artista: no Instagram @filiage.arte
“A nossa programação de outubro é especial com atividades emocionantes para as crianças. Queremos que elas possam gravar na memória as melhores mensagens afetivas deste ciclo tão importante que é a infância. Estamos trabalhando para compor kits com presentes e guloseimas. Ainda faltam alguns itens, como livros, mas esperamos receber mais apoio até o início das entregas. O mais importante mesmo é garantir a proteção delas, o ano inteiro, para que possam crescer com marcos de felicidade. Neste mês de outubro as crianças sempre guardam expectativas de boas surpresas. Assim simbolizamos também com esses kits”, explica a coordenadora do Janela Aberta, Lidiane Recco.
Fernando conta que ficou mais de 15 anos sem pintar, mas durante a pandemia decidiu criar novos quadros para decorar a sua casa. Junto com a esposa, pensou em contribuir, por meio de sua arte, onde mais pudesse precisar. “Foi durante esta pandemia que, mesmo trabalhando muito, ampliou a minha inspiração e a necessidade de atuar de forma mais prática apoiando a sociedade. Assim busquei plataformas que pudessem viabilizar um formato de leilão. Foi aí que encontrei o apoio e o interesse da Casa Nobre Leilões, que não somente irá disponibilizar como também doará outras obras para esta ação”, comemora Fernando Madia.


Para atuar no Serviço de Acolhimento Familiar, por lei, a partir dos 18 anos, tendo o perfil necessário e morar na mesma cidade do acolhido poderá ingressar no programa. Para Ogeny de Oliveira Franklin, a possibilidade chegou aos 76 anos. O Serviço de Acolhimento Familiar de Valinhos é desenvolvido pela Casa da Criança, em parceria com a Secretária de Assistência Social do município.
Para Taynara Souza, psicóloga da Casa da Criança, no Janela Aberta, dados alarmantes indicam maior cuidado em tempos de pandemia. Pesquisas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontam que uma em cada quatro crianças e adolescentes ouvidos no estudo apresentou ansiedade e depressão durante a pandemia com níveis clínicos, com indicação de intervenção de especialistas. O Instituto de Psiquiatria da USP identificou em pesquisa sintomas de ansiedade ou depressão em 27% das crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos.