A Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos tem apostado na prática esportiva como uma das principais atividades em sua agenda, no Serviço de Acolhimento Institucional, conhecido também como Abrigo. Este serviço atende crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, que estão temporariamente afastados do convívio familiar, sendo um serviço que funciona 24 horas, 7 dias da semana. Durante a semana e aos finais de semana, educadores acompanham os acolhidos em uma série de atividades físicas, realizadas tanto nas dependências da instituição quanto em espaços externos.
O crescente interesse pelos esportes é atribuído à constante motivação promovida pelos educadores, além da inspiração gerada pelos recentes Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Para muitos acolhidos, figuras como a ginasta americana Simone Biles, que passou três anos em um abrigo, e atletas brasileiros revelados por projetos sociais, como a jogadora de vôlei Roberta Ratzke, o canoísta Isaquias Queiroz, a ginasta Rebeca Andrade e a judoca Rafaela Silva, servem como grandes referências.
Entre os esportes mais procurados pelos acolhidos estão o futebol e o vôlei. A equipe da Casa observa que o futebol, o esporte mais popular do país, tem despertado interesse tanto em meninos quanto em meninas.
Motivação e disciplina
Renan Franco, educador da instituição, ressalta a importância do esporte no desenvolvimento das crianças e adolescentes. “Nosso papel é identificar as afinidades de cada um e oferecer as melhores oportunidades. O futebol ainda lidera a preferência, seguido pelo vôlei e atletismo. Eles treinam tanto na quadra coberta da instituição quanto em espaços no bairro e na Ponte Preta. A dedicação e entusiasmo deles são emocionantes”, destaca Renan.
Os educadores também desempenham um papel fundamental na orientação e motivação dos acolhidos. Além de acompanhá-los nos treinos e competições, eles promovem conversas que abordam os benefícios do esporte, as estratégias de jogo e a importância da disciplina para equilibrar estudos e atividades físicas. Alguns acolhidos, inclusive, têm a oportunidade de treinar na escolinha de futebol da Associação Atlética Ponte Preta, onde recebem bolsas e podem participar de testes nas categorias de base.
Renan reforça a importância de preparar os acolhidos não só para as vitórias, mas também para as derrotas, para evitar frustrações. “Eles têm demonstrado muito equilíbrio, disciplina e autonomia, o que é essencial para o sucesso tanto no esporte quanto na vida”, explica o educador.
Estudos + Esporte
Dentro da Casa, os acolhidos podem utilizar uma quadra poliesportiva com dimensões para futsal e vôlei, equipada com vestiários, iluminação e bebedouros. A estrutura permite que as atividades físicas sejam realizadas com segurança e conforto, incentivando ainda mais a participação dos jovens.
Os educadores também enfatizam a importância da educação e contam histórias de jogadores que enfrentaram desafios acadêmicos. “Relatamos exemplos de atletas que perderam oportunidades no exterior por não manterem boas notas, mostrando que o esporte e os estudos devem andar juntos”, comenta Renan.
Temas Sociais e Esportivos – Leitura de Livros
Além das atividades físicas, a Casa trabalha temas importantes como racismo, bullying, machismo e homofobia, utilizando exemplos de ídolos como Rodrigo, Hendrick, Estevão e Vinicius Junior no futebol masculino, e Marta, Formiga e outras jogadoras da seleção brasileira no futebol feminino, como referências de superação e inclusão.
Outra ação que tem impactado os acolhidos é a leitura do livro “Cabeça Fria, Coração Quente”, de Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, que aborda a psicologia do esporte. A leitura é promovida por Tadeu, educador que atua no período noturno. “Todas as atividades são planejadas para oferecer o melhor crescimento pessoal e social para os acolhidos”, conclui Renan.
Os serviços oferecidos pela Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, como o Serviço de Acolhimento Institucional, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Serviço de Acolhimento Familiar, são realizados em parceria com a Prefeitura Municipal de Valinhos, através da Secretaria Municipal de Assistência Social. Para apoiar ou obter mais informações, entre em contato pelos telefones (19) 3871-0546 / 3869-5654, pelo WhatsApp (19) 99576-6257 ou acesse o site casadacriancadevalinhos.org.br.

A nova sala de informática está equipada com mesas, cadeiras, 16 computadores, nobreak, fones de ouvido, datashow e quadro branco, preparada para oferecer oficinas de multimídia para adolescentes e jovens adultos da comunidade. A instituição busca voluntários que possam ministrar oficinas, mesmo que pontuais, abordando temas como profissões, montagem de currículos e busca de oportunidades na internet.
O Acolhimento conta com o apoio dedicado de voluntários como Carolina Ramos, psicóloga e voluntária do Acolhimento da Casa da Criança. Carolina se dedica a compilar e selecionar os momentos mais marcantes da vida das crianças, compondo álbuns que refletem não apenas o crescimento físico, mas também emocional de cada um. “Em conjunto com cada criança, pensamos na melhor forma de guardar esses registros. São fotos da escola, dos amigos e da família sempre que possível. Isso é crucial para que elas possam ressignificar sentimentos e se apropriar de suas histórias, reforçando a autoestima e a esperança para o futuro”, explica Carolina.
ativamente. “Os álbuns são personalizados com desenhos, textos e registros fotográficos de momentos especiais como passeios, almoços, festas e datas comemorativas. O envolvimento dos voluntários é essencial para garantir que todo o processo seja feito com o cuidado individualizado e carinho que essas memórias merecem”, ressalta Adriana.
Parodi, ao finalizar, faz um convite a todos: “Para quem ainda não experimentou a emoção de ser voluntário, especialmente na Casa da Criança, recomendo fortemente que conheçam e colaborem de alguma forma. É um processo altamente gratificante e transformador, não apenas para as crianças, mas para todos nós que fazemos parte dessa jornada.”
Além de fornecer itens essenciais como alimentos, mobiliário e eletrodomésticos, o grupo se dedica a um apoio humanizado, compreendendo as necessidades de cada família, desde óculos, roupas, mantimento, atendimento médico, odontológico, até orientações para tirar documentos, suporte para seguir com estudos e ingressar no mercado de trabalho. Cada detalhe é cuidadosamente considerado, com as famílias envolvidas ativamente na criação de seus novos lares, aprendendo a se organizar e cuidar de suas casas.
Para a Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, o projeto “Mãos que Fazem” desempenha um papel importantíssimo, em especial para os adolescentes que completam 18 anos, precisam deixar o abrigo e passam a residir sozinhos, precisando organizar o seu próprio lar. “As voluntárias do ‘Mãos que Fazem’ realizam um trabalho valioso, atendendo esta demanda importante. Elas ajudam a organizar a casa pensando em cada detalhe, demonstrando um cuidado e carinho imensurável,” afirma Adriana Simões, coordenadora da entidade.
“Na Casa da Criança, temos a grata satisfação de contar com voluntários altamente especializados. Além do amor, carinho e cuidado em cada detalhe, eles são reconhecidos pelo seu talento. Planejamos esta campanha da Feijoada da Casa com muita antecedência, selecionando os melhores ingredientes para garantir a qualidade já reconhecida do nosso prato. Isso é uma forma de retribuir a confiança e o apoio de todos que garantem um almoço delicioso e solidário, apoiando os projetos da nossa instituição”, destaca Adriana Simões, coordenadora da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos.
Sônia Juliatto, voluntária dedicada há mais de cinco anos, reserva um domingo por mês para levar os acolhidos da instituição em passeios. “Já visitamos diversos lugares, como cinema, festas típicas, sítios, parques, jogos de futebol e planetário. Organizamos os passeios em conjunto com os educadores e a pedagoga da instituição, sempre pensando em locais e filmes apropriados para cada faixa etária. Gosto de incluir pipoca, guloseimas e sucos, para tornar o momento ainda mais especial. É um prazer genuíno passear com eles, as crianças adoram sair com a gente. Esse é um momento em que podem se divertir, conversar e pensar em outras coisas, como é o direito de toda criança e adolescente. Evitamos questionar, é um momento de lazer, a conversa ocorre de forma espontânea, e cabe a nós voluntários ampliar a escuta ativa, respeitar e acolher”, explica Sônia.
Equipe do Serviço de Acolhimento Familiar