A Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos celebra um marco especial: uma nova família está capacitada para atuar no Serviço de Acolhimento Familiar. A conquista ganha ainda mais relevância neste Janeiro Branco, campanha nacional que convida todos a refletirem sobre a saúde mental e o cuidado emocional. A cor branca, nesta campanha, simboliza uma nova história a ser escrita, livre de preconceitos, tal como as famílias acolhedoras oferecem a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade: um lar temporário, uma nova oportunidade para enfrentar as tempestades e reconstruir vidas.
Para Myrian Arndt, assistente social, e seu marido Wesley Dias, professor e administrador, tornar-se uma Família Acolhedora é mais do que um gesto de solidariedade; é um chamado para transformar vidas. Após três anos de experiência profissional, atuando como assistente social no mesmo Serviço de Acolhimento Familiar de Valinhos, hoje trabalhando em outra instituição, e confirmando suas reflexões pessoais, o casal decidiu abrir as portas de sua casa e coração para acolher quem precisa.
“Percebemos o impacto positivo dessa modalidade e sentimos que estávamos prontos. Pensamos bastante, e decidimos que ao invés de adotar apenas uma criança, poderíamos ajudar várias em diferentes momentos de suas vidas”, explica Myrian.
Acolhimento que transforma: um compromisso com a saúde mental
O Serviço de Acolhimento Familiar da Casa da Criança vai além de oferecer um lar temporário. O acompanhamento psicossocial apoia tanto as crianças quanto as famílias acolhedoras, para apoiar o equilíbrio emocional e desenvolvimento saudável. Myrian destaca:
“A capacitação deste Serviço nos prepara para entender as necessidades das crianças e lidar com as complexidades de suas histórias. Também é uma oportunidade de formar uma rede de apoio com outras famílias, essencial para compartilhar vivências únicas dessa jornada. Mesmo conhecendo Acolhimento Familiar, eu e meu esposo fizemos questão de participar de todas as etapas”.
Myrian e Wesley, que não possuem filhos, decidiram não estabelecer um perfil específico para o acolhimento. Para eles, a missão é acolher: “Quem vier será bem-vindo. Queremos ser o guarda-chuva que protege durante a tempestade e ajudar a criar um ambiente seguro, amoroso e cheio de esperança pelo tempo necessário para eles”, compartilha Myrian.
Janeiro Branco: saúde mental é prioridade para todos
A atuação das Famílias Acolhedoras reforça a importância de cuidar da saúde mental das crianças, oferecendo um ambiente estável e afetuoso. Neste “Janeiro Branco”, a Casa da Criança destaca o impacto positivo que a solidariedade e o acolhimento familiar podem ter na reconstrução de histórias de vida.
Myrian, que já experimentou o acolhimento em sua própria vida, em uma modalidade informal, quando recebeu um importante apoio temporário, reflete sobre o ciclo de apoio e retribuição. “Agora, somos nós que queremos ser esse porto seguro para quem precisa. Acredito que cada criança acolhida transforma não apenas sua vida, mas também a de quem acolhe. Quem pode e ainda não atua como Família Acolhedora está realmente perdendo tempo”.
Seja você também uma Família Acolhedora
A Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, convida mais famílias a participarem dessa iniciativa transformadora. Ao se inscrever no Serviço de Acolhimento Familiar, você pode fazer parte dessa corrente do bem e ajudar a construir um futuro melhor para crianças e adolescentes.