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Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos

Casa da Criança promove a Festa da Cultura com o tema “Amazônia”

No próximo dia 6 de setembro, das 9h às 12h, a Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos realiza mais uma edição da Festa da Cultura, evento tradicional do Projeto Janela Aberta. Este ano, o tema escolhido é “Amazônia”, com uma programação rica em arte, música, conhecimento e reflexão sobre a importância desse bioma essencial para o planeta.

Durante a festa, haverá uma exposição de cartazes e pinturas produzidos pelas crianças e adolescentes da instituição. As obras retratam a biodiversidade da floresta, com destaque para seus animais, paisagens e a cultura indígena, além de alertarem sobre os impactos ambientais causados pelo garimpo ilegal e outras atividades predatórias. Uma das peças centrais da mostra será a representação de um “pulmão” recheado de imagens de animais da Amazônia, simbolizando seu papel como “pulmão do mundo”. A exposição também destaca espécies ameaçadas de extinção.

A programação cultural contará ainda com uma apresentação musical inspirada na canção “Baianá”, do grupo Barbatuques, conhecido por fazer percussão corporal. As crianças irão se apresentar com máscaras com penas, simbolizando os povos originários, enquanto os adolescentes farão a percussão com o próprio corpo, criando ritmos e movimentos que evocam a energia e a ancestralidade da floresta.

Outro destaque esperado será o café da manhã temático, com delícias típicas da região amazônica, como coco seco, bolo de mandioca e suco de açaí, oferecidos às crianças e adolescentes. A proposta é criar uma imersão sensorial, valorizando os sabores da Amazônia.

Para encerrar a manhã, haverá a contação de histórias com a Tati da Kombi, trazendo narrativas ligadas à floresta e à cultura indígena. A atividade contará com a presença especial da indígena Nikita, que compartilhará vivências e apresentará instrumentos tradicionais de sua tribo, promovendo uma conexão direta com as raízes e tradições dos povos originários.

Para Maria Caroline das Merces Santos, psicóloga da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, “atividades como essas proporcionam às crianças e adolescentes uma reflexão crítica e implicada com as questões ambientais, além de convocar o conhecimento de outras culturas, o que permite que eles expandam as informações que têm dessa população, seus costumes e prática. Muito comum depois dessas atividades eles normalizarem falar de algo que é distinto da sua realidade, então isso ajuda na desconstrução de preconceitos.”.

A Festa da Cultura é aberta à comunidade e aos parceiros da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, reforçando a missão da instituição de promover educação, cultura e consciência ambiental entre crianças e jovens por meio de experiências significativas e transformadoras.

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A força da comunidade valinhense na trajetória da Casa da Criança

Há mais de 30 anos, a Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos transforma vidas, oferecendo acolhimento, educação e oportunidades para centenas de crianças e adolescentes. A instituição relata que essa história de dedicação e impacto social não seria possível sem o apoio fundamental da comunidade. Mais do que contribuir financeiramente, moradores, empresas, voluntários e parceiros fazem parte ativa dessa rede de solidariedade, que sustenta a instituição e impulsiona seus projetos.

A participação da comunidade vai além das doações. A adesão a eventos como o tradicional Jantar Noite do Bem Bom, as feijoadas solidárias, os chás beneficentes e a venda de panetones mostram como a população de Valinhos abraça a causa com envolvimento e carinho. A equipe da Casa informa que esses eventos são formas de arrecadação: são encontros de apoio mútuo, onde o vínculo entre a Casa e a sociedade se fortalece.

“Não é só em recurso financeiro. Temos a participação dos voluntários que fazem toda a diferença e que proporcionam momentos especiais para as crianças, em especial as que estão no acolhimento institucional. Temos também as famílias acolhedoras, que recebem as nossas crianças em suas casas e a gente tem o grupo de voluntários que faz as atividades para as crianças nos finais de semana, o apadrinhamento afetivo, que é uma outra proposta”, destaca Adriana Simões, coordenadora da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos.

No coração desse trabalho está o Terceiro Setor, composto por organizações da sociedade civil que atuam em áreas que o poder público, sozinho, não consegue alcançar plenamente. Mesmo contando com convênios públicos, é a participação ativa da sociedade que garante a continuidade e o crescimento das ações. A Casa é um exemplo vivo de como o Terceiro Setor só existe de fato quando há envolvimento comunitário real e constante.

Outro ponto de destaque é o crescimento do voluntariado corporativo. Empresas têm incentivado seus colaboradores a se envolverem diretamente com a instituição, seja em ações pontuais ou em projetos contínuos. A coordenação salienta que essa aproximação fortalece a imagem social das empresas e cria um elo positivo entre o setor privado e a transformação social, abrindo portas para novas parcerias e iniciativas.

A Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos é resultado de fruto do esforço coletivo. Seu trabalho diário é alimentado por cada gesto de solidariedade de quem doa tempo, recursos ou simplesmente acredita que investir em crianças e adolescentes é construir um futuro mais justo e humano. E é essa comunidade engajada que permite que a Casa continue sua missão, por muitos anos mais.

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Casa da Criança participa de evento sobre acolhimento familiar

Representantes do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos participaram na segunda semana de agosto do evento “Acolhimento Familiar: Fortalecendo Laços, Construindo Futuros”, promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, voltado à divulgação e ao fortalecimento dessa modalidade de acolhimento. A iniciativa reuniu autoridades, representantes do Conselho Nacional de Assistência Social e profissionais de diferentes regiões que atuam na execução do serviço em todo o país.     

Durante as sessões, foram tratados os temas e os avanços do acolhimento familiar como marco político. Houve forte preocupação com a necessidade de uma mobilização social incessante para engajar novas famílias na política de acolhimento como uma estrutura de política pública.

Os participantes destacaram que proporcionar relações familiares a crianças e adolescentes no contexto de sua vulnerabilidade e fornecer-lhes cuidado resulta em um desenvolvimento saudável. O vínculo amoroso que se constrói dentro dessa situação é citado como um dos fatores mais cruciais no desenvolvimento emocional e social do indivíduo.

A professora Ana Lucia Campos, especialista em neurodesenvolvimento, ressaltou a importância do ambiente familiar para o crescimento saudável. Segundo ela, “é preciso o diálogo, o sentir o afeto e permitir o movimento. Alterações na conectividade impactam diretamente o caminho da criança”. Ela também alertou para a resistência de algumas famílias em aderir ao serviço: “As famílias não podem ter medo de acolher. Quando compreendem a importância do apego seguro e das conexões no desenvolvimento cognitivo e emocional, entendem também o valor de abrir espaço em suas casas para acolher.”

Entre os principais entraves à ampliação do serviço, foram apontadas questões orçamentárias e culturais. Foi apontado o estranhamento ainda existente em relação à prática do acolhimento familiar, indicando a necessidade de aproximação entre a política pública e a comunidade.

Camila Forster, coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, comentou sobre os obstáculos enfrentados. “Ainda encontramos resistência e muitos mitos sobre as crianças acolhidas, o que acaba afastando possíveis famílias. Precisamos lembrar que são crianças que, apesar das violências sofridas, carregam potencial de vida. A questão do apego costuma ser uma barreira: como cuidar e depois deixar ir? Mas quando priorizamos a criança e sua trajetória, conseguimos compreender a importância de ela estar inserida em um ambiente familiar”, afirmou.

Camila também destacou a relevância da participação no evento como parte do processo contínuo de capacitação da equipe, com foco no aprimoramento da prática e no fortalecimento do serviço oferecido em Valinhos.

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Janela Aberta promove ações de conscientização no Agosto Lilás

A Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, por meio do projeto Janela Aberta, preparou uma programação especial para o mês de agosto com foco na campanha Agosto Lilás, dedicada à conscientização e combate à violência contra a mulher.

Entre as atividades realizadas, destaca-se o “Laço Lilás da Paz”, uma proposta lúdica e educativa que visa sensibilizar crianças e adolescentes sobre a importância de reconhecer situações de violência doméstica e buscar ajuda. A atividade foi cuidadosamente adaptada para cada faixa etária. As crianças, por exemplo, conheceram a história contida no livro “Malala e Seu Lápis Mágico” e participaram de rodas de conversa sobre igualdade e respeito. Já os participantes de outras faixas etárias produziram cartazes e panfletos abordando o Disque 180, canal de denúncia e apoio às vítimas, que serão distribuídos em pontos de ônibus e estabelecimentos próximos à instituição, ampliando a conscientização na comunidade.

Maria Caroline das Merces Santos, psicóloga da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, destaca a importância dessas atividades junto a crianças e adolescentes. “Dentro dessa proposta do Laço Lilás da Paz, o objetivo foi conscientizar as crianças e adolescentes sobre a violência contra a mulher pra que possam aprender a identificar essas situações de risco e pedir ajuda se necessário”, avalia a psicóloga da instituição.

O que é o Agosto Lilás?

O Agosto Lilás é uma campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, instituída em referência à Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 7 de agosto de 2006. Durante todo o mês, diversas ações são promovidas por instituições públicas e privadas com o objetivo de informar, sensibilizar e mobilizar a sociedade para a prevenção da violência doméstica e familiar.

A cor lilás foi escolhida como símbolo da luta pelo fim da violência contra a mulher e da busca por igualdade de gênero. A campanha também destaca canais de denúncia, como o Disque 180, e reforça a importância do acolhimento, da escuta e da proteção às vítimas, além de fomentar a educação como ferramenta fundamental para a transformação social.

Programação diversificada

A programação de agosto também inclui ações em alusão a outras datas importantes. No dia 9 de agosto, em celebração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, os participantes mergulham no universo das culturas originárias, com oficinas para confecção de objetos e instrumentos musicais tradicionais das tribos brasileiras, promovendo respeito e valorização da diversidade cultural.

No Dia do Estudante (11/08) e Dia Internacional da Juventude (12/08), as atividades giram em torno do projeto “Eu Tenho Direitos”, que propõe reflexões sobre o que é ser jovem e viver a infância nos dias atuais. Com desenhos, colagens e diálogos, crianças e adolescentes ilustram seus direitos e deveres. A proposta culmina na criação de uma peça teatral com fantoches, desenvolvida pelos adolescentes, abordando temas como acesso à educação, respeito, direitos violados e o empoderamento da juventude.

O mês se encerra com atividades em comemoração ao Dia da Infância (24/08), reforçando os princípios de proteção integral, desenvolvimento saudável e participação das crianças na construção de uma sociedade mais justa.

Com uma programação rica e diversificada, o Projeto Janela Aberta reafirma seu compromisso em promover o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, fortalecendo vínculos, estimulando a consciência cidadã e incentivando o protagonismo juvenil.

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Casa da Criança retoma as atividades escolares

Com o fim das férias escolares, a rotina volta a ficar mais intensa na Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos. Para os acolhidos, o retorno às aulas marca mais do que a retomada dos estudos: é momento de reencontrar colegas, compartilhar experiências vividas nas férias e fortalecer os vínculos com a escola.

A preparação para o segundo semestre começa dias antes do reinício do calendário oficial escolar. Com o apoio dos educadores, as crianças e adolescentes organizam materiais escolares e uniformes, em um processo conduzido com cuidado e atenção. Um dos momentos mais significativos é a roda de conversa, onde cada um pode expressar seus sentimentos sobre a volta às aulas, sejam eles de empolgação ou insegurança.

Para a instituição, essa escuta é ainda mais essencial em um período de transição que pode gerar desafios emocionais. “O retorno às atividades pode gerar ansiedade e desafios emocionais significativos. Trata-se de um momento de reestruturação emocional, social e cognitiva, onde a criança precisa reajustar seus ritmos biológicos, reconectar-se com colegas e professores, e readaptar-se às demandas acadêmicas”, explica o psicólogo Gabriel Vieira.

A equipe técnica da Casa da Criança informa que durante as férias, muitas crianças desenvolvem novos hábitos de sono, alimentação e lazer. Ao voltar à rotina escolar, sentimentos como ansiedade, resistência ou tristeza são naturais. Para o psicólogo, é fundamental que educadores, cuidadores e demais adultos estejam atentos e validem essas emoções, oferecendo suporte emocional adequado.

A retomada dos estudos também inclui planejamento. Educadores e acolhidos montam juntos uma escala de horários para as tarefas escolares. Todos os dias há um período reservado para lições de casa e revisão de conteúdos, com acompanhamento individualizado sempre que necessário.

“No nosso serviço de acolhimento, a educação é um pilar fundamental e a vemos como a ponte para a construção de sonhos e um futuro promissor”, afirma Rose Olanda, supervisora do Acolhimento Institucional.

Segundo Gabriel Vieira, esse cuidado é ainda mais necessário para crianças em situação de acolhimento institucional. “O retorno às aulas pode ser ainda mais complexo, pois elas frequentemente lidam com a instabilidade de vínculos e a ausência de um ambiente familiar estável. Nesses casos, a escola assume um papel crucial como espaço de socialização, desenvolvimento e construção de identidade.” Por isso, a comunicação entre a equipe da Casa e os profissionais da escola é essencial para garantir um acompanhamento mais personalizado e sensível.

Com um olhar atento às vivências de cada adolescente, muitos deles com passagens escolares marcadas por desafios, o trabalho busca resgatar a confiança e abrir novos horizontes. A proposta é fortalecer a autoestima, incentivar a descoberta de talentos e reforçar o papel da educação como instrumento de transformação social.

“Acreditamos firmemente que, ao investir na educação e no desenvolvimento de cada adolescente, estamos plantando sementes para um futuro com mais oportunidades e a plena realização de seus sonhos. Trata-se de mais que um retorno às aulas, o que se vive na Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos é a construção diária de um ambiente em que cada criança e adolescente pode sonhar e acreditar em um futuro melhor”, completa Rose.

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Família Acolhedora realiza encontro especial com crianças e famílias do serviço de acolhimento

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, promoveu recentemente mais uma edição do Grupo de Crianças, uma atividade especialmente planejada para proporcionar momentos de integração, afeto e diversão às crianças acolhidas.

O encontro teve como principal objetivo oferecer um espaço seguro e acolhedor onde as crianças pudessem brincar, expressar sentimentos e, principalmente, se reconhecer em histórias semelhantes às suas. Por meio de atividades lúdicas, o grupo estimula a construção de vínculos e a elaboração emocional das experiências vividas pelas crianças durante o processo de acolhimento.

Este ano, o grupo contou com a participação especial de algumas famílias acolhedoras, que contribuíram para uma etapa importante da construção do álbum “Fazendo Minha História”, uma ferramenta fundamental no processo de acolhimento. A presença das famílias fortaleceu os laços afetivos e ampliou o sentimento de pertencimento e cuidado, essenciais para o desenvolvimento emocional das crianças.

A atividade foi conduzida de forma leve e divertida, tornando-se um momento significativo para ser guardado na memória das crianças, e também dos adultos envolvidos.

“O álbum Fazendo Minha História é uma ferramenta metodológica muito especial, pois é um momento de conexão entre acolhido e Família Acolhedora, um momento no qual a criança coloca no concreto sua história, registrando aquilo que faz sentido para ela”, avalia Camila Forster, psicóloga social da Casa da Criança. “Ser família acolhedora é ter esperança, é mudar histórias”, acrescenta uma das famílias presentes no encontro.

O que é o álbum “Fazendo Minha História”?

O álbum “Fazendo Minha História” é uma ferramenta terapêutica e pedagógica utilizada tanto no serviço de acolhimento familiar quanto no institucional, com o objetivo de ajudar crianças e adolescentes a reconstruírem sua narrativa de vida durante o período em que estão afastadas de suas famílias de origem.

Ao longo do acolhimento, o álbum é construído com a criança, reunindo registros de momentos importantes, fotografias, desenhos, relatos e memórias significativas. Mais do que um simples álbum de recordações, ele serve como instrumento para a valorização da identidade da criança, permitindo que ela compreenda melhor sua trajetória e fortaleça sua autoestima.

Essa ferramenta faz parte da metodologia desenvolvida pelo Instituto Fazendo História e é amplamente utilizada em serviços de acolhimento em todo o Brasil. No caso da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, o álbum integra as ações do programa Família Acolhedora, sendo trabalhado com o apoio das famílias acolhedoras e da equipe técnica do serviço.

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“Brincar é coisa séria” diverte e educa crianças do Projeto Janela Aberta

Pensa em uma temática obrigatória, sim, sob o lema “Brincar é coisa séria”, o Janela Aberta prioriza o brincar como uma ferramenta fundamental no desenvolvimento infantil, com foco no estimulo à criatividade, ao convívio social e ao aprendizado por meio de experiências lúdicas. Durante o mês de julho, a Casa da Criança de Valinhos garante ações especiais no projeto, com o objetivo de tornar as atividades das crianças ainda mais divertidas, educativas e significativas.

A programação deste mês segue criativa, com destaque para as gincanas, jogos de tabuleiro, batalha naval e um animado quiz temático sobre filmes. Uma das atividades mais aguardadas é a sessão de cinema com o filme UP – Altas Aventuras, que será seguida de uma conversa especial sobre o Dia do Amigo, reforçando valores como empatia, afeto e companheirismo. Ainda neste clima de diversão, o Dia da Pipa e um passeio com brincadeiras na praça do bairro prometem momentos de alegria ao ar livre.

Além das brincadeiras, a instituição explica que promove atrações que estimulam o trabalho em grupo e a cooperação, fortalecendo vínculos e aprendendo a lidar com desafios coletivos de forma saudável. As ações foram pensadas para integrar diferentes faixas etárias e promover o respeito mútuo, tornando cada momento das férias uma oportunidade de crescimento e troca.

Um dos destaques da programação são as atividades de leitura e pesquisa sobre Mulheres Negras que inspira, que traz à tona histórias de resistência, coragem e representatividade. Para Lidiane Recco, coordenadora do projeto Janela Aberta, da Casa da Criança de Valinhos, “brincar é coisa séria, porque é na brincadeira que a criança aprende, se expressa e constrói vínculos com o mundo ao seu redor”.

Lidiane lembra que o direito ao brincar é garantido por lei e está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que assegura à criança o direito à liberdade, ao brincar e à convivência familiar e comunitária. “Todas as atividades são pensadas com muito estudo, estratégia e carinho para proporcionar momentos de diversão, aprendizado e fortalecimento de vínculos afetivos e sociais.”

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Voluntários mobilizam famílias para oferecer experiências e afeto a acolhidos

No mês em que se celebra o Dia da Caridade (19 de julho), a Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos dá visibilidade a uma ação voluntária que vem impactando a vida de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional. Um grupo de famílias, coordenado pelo economista Fernando Kuzuhara, dedica parte do tempo livre para proporcionar momentos de lazer e convivência às crianças atendidas pela instituição — uma atuação silenciosa, comprometida e transformadora.

A ação não configura apadrinhamento afetivo. O foco está em garantir passeios, vivências culturais e memórias positivas que contribuem para a formação do repertório emocional e social dos acolhidos. “Nossa intenção é oferecer a elas as oportunidades e experiências que também garantimos aos nossos filhos. Acreditamos no poder do afeto e da convivência para fortalecer vínculos e construir um olhar mais empático sobre o mundo”, explica Fernando.

Despertar para acolher e interagir

A ideia surgiu da vontade do próprio voluntário de aproximar sua filha de outras realidades sociais. “Eu queria que ela se envolvesse verdadeiramente, que entendesse que todos podemos nos apoiar e interagir. Com o tempo, percebi que era preciso ampliar e garantir a continuidade do trabalho, e, então, mobilizei outros pais da escola dela. Formamos um grupo com mais de dez famílias, com filhos na mesma faixa dos 8 anos”, conta.

O grupo organiza atividades aos finais de semana e feriados, sempre ouvindo as crianças para definir os programas que mais desejam vivenciar. Já foram realizados passeios a parques, cinemas, restaurantes, sessões de boliche, oficinas de Páscoa e Natal, festas de aniversário, datas comemorativas, além de visitas culturais e momentos de brincadeiras livres. “Uma vez alugamos um sítio e fizemos um grande churrasco com a participação das famílias e das crianças acolhidas. Todos saíram tocados por aquela convivência”, relembra.

A iniciativa também valoriza o respeito e o cuidado com a privacidade. “Não perguntamos sobre a história de vida das crianças. Quando elas falam, ouvimos com atenção e acolhimento, mas sabemos que há limites e sigilo. Nunca postamos fotos, não divulgamos nada. Tudo é feito com o acompanhamento e orientação da Casa da Criança, com o compromisso de proteger quem está em processo de superação e reconstrução”, afirma.

Voluntariado – sensibilidade e comprometimento

A coordenadora da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, Adriana Simões, destaca a importância dessa frente de voluntariado no acolhimento institucional. “Esses momentos de convivência e lazer ampliam o olhar das crianças sobre o mundo e sobre si mesmas. São experiências que contribuem para a formação da autoestima, para o senso de pertencimento e para a construção de memórias afetivas. A sensibilidade e o comprometimento dos voluntários fortalecem a missão da instituição e renovam a esperança de um futuro mais justo e amoroso para todos”, afirma Adriana.

O projeto conta com voluntários das mais diversas áreas — bancários, enfermeiras, advogados, arquitetas, empresários — todos movidos pelo desejo de fazer a diferença, mesmo que em pequenos gestos. “É uma atividade leve, acolhedora. Cada um participa conforme a disponibilidade: mensalmente, a cada dois meses ou em datas específicas. O importante é manter o compromisso nos dias agendados e estar presente de verdade”, reforça Fernando.

Fernando acredita que a experiência pode inspirar outras famílias, em Valinhos e em outras cidades. “Não precisa fazer muito. Começar já é um passo imenso. Um passeio por semestre, uma oficina no fim do ano, uma ação conjunta entre vizinhos. O impacto pode ser maior do que se imagina. E estou à disposição para conversar com quem quiser entender melhor como tudo funciona. Podemos fazer disso uma grande corrente do bem, aqui na cidade e quem sabe motivar outras pessoas de qualquer localidade, buscar quem pode precisar deste apoio pelo mundo.”

Serviço:
Interessados em integrar o grupo de voluntários podem entrar em contato diretamente com Fernando Kuzuhara pelo e-mail: fernandomk@hotmail.com.

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Acolhimento Familiar mantém plantão 24hs mesmo no período de férias

A equipe técnica do Serviço de Acolhimento Familiar da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos permanece com plantão 24 horas, mesmo no período de férias, dando total suporte às famílias. Julho, mês de recesso escolar, é o período em que as crianças ficam mais próximas das famílias responsáveis, que se organizam em passeios, viagens e muita diversão, fortalecendo ainda mais os vínculos.

O assistente social da Casa da Criança, José Alexandre de Toledo, ressalta que o suporte às famílias do Serviço de Acolhimento jamais é interrompido. “A nossa equipe está sempre à disposição para tirar dúvidas, receber e orientar a todos que nos procurarem. Todos os dias da semana, incluindo sábado, domingo e feriados, 24 horas por dia. Pode ligar de madrugada, se for necessário, que vamos acolher. Lógico, se há alguma impossibilidade de viagens com a família, temos uma rede de apoio, mas a ideia é que haja uma maior aproximação, dentro da mesma família, quando se tem mais tempo de convívio.”

Fortalecimento de Vínculos

O Serviço de Acolhimento Familiar encerrou o primeiro semestre com uma reunião significativa entre a equipe técnica e as famílias acolhedoras. O encontro foi marcado por reflexões profundas, trocas de experiências e, sobretudo, pelo fortalecimento dos vínculos que sustentam o trabalho. A instituição informa que mais do que uma simples reunião, o momento simbolizou o encerramento de ciclos e a abertura de novos caminhos, reafirmando o compromisso coletivo com o cuidado, a proteção e a garantia dos direitos de crianças e adolescentes em situação de acolhimento temporário.

A reunião foi um espaço para avaliar o percurso trilhado até aqui e projetar os próximos passos do serviço. Famílias acolhedoras e equipe técnica se reuniram para repensar estratégias, compartilhar aprendizados e propor melhorias, com o objetivo de tornar o acolhimento cada vez mais efetivo, afetivo e humanizado. Esses encontros tem como objetivo fortalecer a rede de apoio do Serviço de Acolhimento Familiar e evidenciar a importância da escuta ativa e do trabalho em equipe na construção de uma política pública.

“Para ser uma família acolhedora, é preciso deixar o ‘eu’ de lado e se dispor a servir a uma criança em estado de vulnerabilidade. Elas precisam de atenção, dedicação e carinho. Essas crianças conhecem, por meio do acolhimento, uma forma de proteção que jamais imaginariam encontrar em alguém. É doar amor a todo instante”, destacou o assistente social.

O Acolhimento Familiar é uma modalidade que prioriza o ambiente familiar como espaço de proteção, garantindo que crianças e adolescentes afastados de suas famílias de origem tenham a chance de se desenvolver em um lar acolhedor, seguro e afetuoso.

Guiado pelos princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o trabalho da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos tem como missão assegurar que cada criança e adolescente tenha seus direitos plenamente garantidos. A atuação conjunta entre a instituição e as famílias acolhedoras reforça a convicção de que o afeto, o compromisso e a dedicação têm o poder de transformar vidas, promovendo não apenas proteção, mas também esperança e dignidade a todos os envolvidos.

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Festa Junina conta com apoio de empresas e condomínios

Junho chegou com alegria e solidariedade na Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos! A instituição já está organizando uma programação especial para este mês, repleta de atividades voltadas aos atendidos e à comunidade que apoia essa importante causa. Um dos destaques é a tradicional festa junina, que será realizada no dia 28 de junho, das 9h ao meio-dia, voltada exclusivamente para os participantes do Projeto Janela Aberta – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e seus familiares. A manhã promete ser animada, com apresentações de dança, brincadeiras e, claro, comidas típicas que celebram a cultura e a tradição junina.

“A festa junina da Casa é um momento de união, solidariedade e amor ao próximo. A alegria sempre está presente em cada risada, dança e conversa. É um momento muito gostoso e repleto de cultura, tradição e comidas típicas, tudo feito com muita dedicação e em muitas mãos como tudo que é feito aqui em nossa instituição”, afirma a coordenadora do Janela Aberta, Lidiane Recco, que acrescenta: “o melhor de tudo é o sentimento de comunidade que fica no fim, de união e a alegria no rosto de cada criança e adolescente.”

Além das atividades internas, a Casa da Criança também marcará presença em festas juninas externas, participando com barracas em eventos promovidos por empresas e condomínios parceiros. Essas colaborações solidárias fortalecem o trabalho da instituição e ajudam a ampliar seu alcance e impacto.

Entre os eventos já confirmados, destacam-se os arraiás do Clube Valinhense e de diversos condomínios da região, que gentilmente abriram espaço para a causa. Uma dessas iniciativas parte de um importante condomínio de Campinas, que receberá a Casa com uma barraca especial durante sua festa junina.

“A Casa da Criança, que conheci através de um amigo, começou conosco nesta ideia de fazer as festas juninas. As entidades escolhem o que é melhor pra elas fazerem e a renda é revertida pra elas. Eu entendo que é uma maneira de colaborar com entidades que trabalham em prol das crianças”, avalia Rosane Nadalin Pierro, diretora social de um dos condomínios confirmados com barraca solidária. 

Empresas e condomínios que desejarem participar ou apoiar as ações da Casa da Criança ainda podem entrar em contato pelos telefones (19) 3871-0546 / 3869-5654, pelo WhatsApp (19) 99576-6257. Pequenos gestos geram grandes transformações. Junte-se a essa corrente de solidariedade e faça parte dessa festa de amor e esperança!

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