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A arte como uma janela aberta para a vida

“Uma infância sem arte e proteção seria viver um tempo muito triste e arriscado”

“Uma infância sem arte e proteção seria viver um tempo muito triste e arriscado”, relata Jéssica Santos, estudante do último ano de Ciências Contábeis, que teve a oportunidade de frequentar as oficinas de arte, entre outras atividades no Projeto Janela Aberta, da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos. Com dezenas de oficinas como canto, violão, capoeira, pintura em tela, inglês e tecnologia, a instituição oferece à comunidade a chance de desenvolver habilidades, ampliar o conhecimento e a cidadania para mais de 150 inscritos por ano.

Com 12 anos de vivência profissional no campo da arte, a professora Maria Helena Dias Paes, que também é psicóloga de formação, ministra oficinas de pintura em tela na Casa da Criança e no Centro Cultural, ambas atuações são realizadas pela Secretária de Cultura de Valinhos. Com objetivo de ensinar a pintar e a sensibilizar as pessoas por meio da arte, as aulas já foram realizadas para mais de mil pessoas.

Criatividade individual 

Para Maria Helena, o conceito da pintura vai além da composição de cores, elementos geométricos, figurativos e da natureza. As imagens referenciais podem ser captadas de forma particular para cada pessoa. “A criatividade individual revela muito da complexidade da personalidade, do inconsciente e pode ser uma grande aliada na arte e na vida. Identifico isso em cada aluno, durante as aulas e também depois, há relatos emocionantes dos benefícios da prática da pintura na vida de alunos, mesmo após anos do aprendizado. Recomendo que todos possam descobrir por meio da arte o vasto universo que se abre e contribui definitivamente para toda a nossa existência, sobretudo em tempos de adversidades que estamos vivenciando com a pandemia”, explica a professora.

Protegidos, longe das ruas

Após mais de quatro anos de atividades no Janela Aberta, Jessica Santos registra em detalhes as suas experiências no projeto e os benefícios presentes até hoje na sua vida.

“Eu e meus irmãos tivemos a possibilidade de contar com as oficinas no Janela Aberta, o que fez toda diferença em nossas vidas, pois minha mãe sempre trabalhou duro o dia inteiro, sozinha garantia o sustento da família. A nossa infância foi marcada pelas oficinas de arte, pintura, teatro, música e tantas outras atividades que reforçavam bons valores e ética. Na Casa da Criança estivemos protegidos, longe das ruas, da violência e das drogas. Foi no Janela também que me entusiasmei pela pintura em tela, com a professora Maria Helena. Guardo até hoje os quadros que produzi e principalmente todo carinho, amor e respeito que recebi. Agora, prestes a concluir a faculdade, trabalhando, sigo apoiando a minha mãe com as contas de casa, e penso em me especializar, quem sabe, em auditoria e um dia voltar a pintar quadros também. Caso pudesse, diria às crianças e aos adolescentes para aproveitar cada segundo nas atividades da instituição. Sinto saudades e gratidão pelas oportunidades”, conta a estudante.

O Projeto Janela Aberta e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos são realizados em parceria com a Secretaria de Municipal de Assistência Social, a Secretaria de Cultura e a Secretaria Municipal de Esportes. Atualmente, seguem com atividades remotas para as crianças, com vídeos interativos, como o “Jornal do Janela” e o “Diário de Bordo” contendo atividades impressas como palavras cruzadas, desafios de identificação de imagens de integrantes do programa, jogos de conscientização para os cuidados com a saúde, boas maneiras, autorretrato, informação sobre direitos das crianças e dos adolescentes. Os inscritos recebem o material e devolvem preenchido para ganhar novos diários.    

Para apoiar os projetos da Casa da Criança de Valinhos ligue 19 3871-0546