19 3871 0546 / 3869 5654
casadacriancavalinhos@hiway.com.br

crianças

Como proteger crianças e adolescentes na era digital

  • ARTIGO – Gabriel de Sousa Vieira, CRP 06/140207 – Psicólogo do Acolhimento da Casa da Criança de Valinhos

Com o avanço das tecnologias, os cuidados dos pais e responsáveis também precisam avançar. Muitas das ferramentas desenvolvidas para facilitar o nosso cotidiano podem facilmente ser subvertidas para que ações criminosas venham a ser cometidas.

Hoje em dia, a vida sem o uso de aparelhos conectados à internet é inevitável, pois vivemos em uma geração que já nasceu neste mundo permanentemente conectado. As preocupações dos responsáveis devem abranger desde o limite de tempo para uso de telas até o cuidado com os estranhos com quem as crianças e adolescentes se comunicam, seja por meio de redes sociais ou na interação proporcionada pelos jogos eletrônicos online.

Recentemente, com o avanço das inteligências artificiais, novos riscos devem estar no radar de pais e responsáveis. Sistemas de IA podem criar textos, imagens e até vídeos atendendo a comandos simples feitos pelo usuário. E o resultado cada vez mais se assemelha à realidade, a algo criado por nós, humanos.

Isso traz muita facilidade para diversas atividades profissionais, mas também tem seus problemas e riscos. Inicialmente, começamos a ver adolescentes utilizando essas ferramentas para fazer trabalhos escolares, por exemplo. As ferramentas para identificar trabalhos feitos por IA ainda não são totalmente eficazes e são pouco utilizadas nas escolas.

Como problemas mais sérios, observamos uma onda de conteúdo de nudez criado por IA. O sistema consegue criar um “nude” falso, tendo como base uma imagem retirada de uma rede social, por exemplo. Os deepnudes, como são chamados, já são um problema real nos Estados Unidos, e no Brasil já houve casos, como o de uma escola em Porto Alegre, em que 16 adolescentes tiveram falsos nudes criados por IA e compartilhados nas redes.

Nestes casos, a legislação vigente ainda não possui recursos específicos para punir os culpados, o que exige que essa pauta seja levada aos cuidados do poder público para que estratégias sejam discutidas. No âmbito familiar, algumas medidas podem ser tomadas para preservar as crianças e adolescentes de situações como estas. É necessário estar atento ao uso que nossos filhos fazem da internet, e isso pode ser feito com ferramentas como o Google Family, que permite ter acesso ao histórico de navegação e controle de tempo de tela, por exemplo.

A conscientização quanto aos riscos da exposição nas redes também deve ser tema permanente. Na adolescência, é comum que não haja tanta preocupação com as consequências dessa exposição, sobretudo em uma época cheia de influenciadores digitais que expõem toda a sua vida nas redes, mas até que haja mais maturidade, os pais devem atuar como esse agente mediador. Infelizmente, não há uma forma que seja 100% segura, mas todos os recursos possíveis devem ser considerados para a proteção das nossas crianças e adolescentes.

 

5 Principais orientações para pais e responsáveis

  1.  Limite de tempo de tela: Estabelecer regras claras sobre a quantidade de tempo que crianças e adolescentes podem passar em frente a telas, seja para lazer, estudos ou outras atividades.
  2. Supervisão das interações online: Monitorar com quem as crianças e adolescentes estão se comunicando nas redes sociais e jogos online, para proteger contra interações perigosas ou inadequadas com estranhos.
  3. Uso de ferramentas de controle parental: Utilizar ferramentas como o Google Family para acompanhar o histórico de navegação, limitar o tempo de uso de dispositivos e acessar relatórios de atividades online.
  4. Educação sobre os riscos da exposição nas redes: Ensinar constantemente sobre os perigos da exposição exagerada nas redes sociais, especialmente em relação à publicação de fotos e informações pessoais que podem ser usadas indevidamente.
  5. Consciência sobre as novas tecnologias de IA: Manter-se informado sobre os avanços em inteligência artificial e os riscos associados, como a criação de deepfakes, e educar os filhos sobre essas ameaças, incentivando um uso ético e seguro das tecnologias.

Os serviços oferecidos, como o Serviço de Acolhimento Institucional, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Serviço de Acolhimento Familiar, são realizados em parceria com a Prefeitura Municipal de Valinhos, através da Secretaria Municipal de Assistência Social. Para apoiar ou obter mais informações sobre a Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, entre em contato pelos telefones 19 3871-0546 / 3869-5654, pelo WhatsApp 19 99576-6257.

Leia mais

Acolhimento familiar realiza encontro virtual inédito com equipe especializada

Evento aponta frentes de trabalho para acompanhar, apoiar e incentivar a participação da sociedade

 O Serviço de Acolhimento Familiar de Valinhos convida a comunidade Valinhense para participar do encontro virtual “Dialogando com Equipe Técnica do Judiciário de Valinhos-SP – A atuação de Assistentes Sociais e Psicólogos nos casos de Acolhimento familiar”. O evento será realizado no próximo dia 22 de setembro, às 19h30, pela internet, com a participação da psicóloga Maria do Carmo Lima Batista e da assistente social Ângela Paes de Santana, da equipe técnica do Judiciário de Valinhos-SP, onde os participantes poderão tirar possíveis dúvidas.

Um dos programas da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos é o Serviço de Acolhimento Familiar, realizado em parceria com a Secretaria da Assistência Social, que organiza o acolhimento de crianças e adolescentes afastados da família de origem mediante medida protetiva, em residência de famílias acolhedoras habilitadas e cadastradas.

Este Serviço contempla a mobilização, cadastramento, seleção, capacitação, e supervisão das famílias acolhedoras realizados por uma equipe técnica de profissionais (Assistente Social e Psicólogo), que sistematicamente faz acompanhamento psicossocial das famílias de origem, famílias acolhedoras e das crianças e adolescentes acolhidos, com vistas à reintegração familiar.

É fundamental também a articulação com a rede serviços sócios assistenciais do município, com os atores do Sistema de Garantia de Direitos e com a Justiça da Infância e da Juventude que exercem um papel importante quando ocorre o acolhimento de uma criança/adolescente pela família cadastrada.

Compete à Justiça da Infância e da Juventude do município, fiscalizar, acompanhar, apoiar e incentivar os serviços de acolhimento familiar nas suas respectivas Comarcas. Em Valinhos, este trabalho é realizado em parceria entre as equipes técnicas do Serviço de Acolhimento Familiar e do Judiciário, este encontro objetiva destacar a atuação das técnicas forense da Justiça da Infância e da Juventude de Valinhos, nos casos de acolhimento familiar e informar como tem sido realizado este trabalho em parceria e sua importância no processo reintegração familiar para garantia e proteção da criança e adolescente. Este é o objetivo deste novo encontro promovido pela Casa da Criança e do adolescente de Valinhos.

Reforçamos sempre a importância de ter no município o cadastramento de novas famílias acolhedoras, porém neste novo encontro virtual do Serviço de Acolhimento Familiar de Valinhos,  vamos conversar com destacadas profissionais psicossociais do Judiciário que tem atuado com a equipe do Serviço de Acolhimento familiar na elaboração do plano de Atendimento Individual  e na construção de estratégias para a reintegração familiar que contemplam os encaminhamentos necessários para viabilizar o retorno seguro da criança ou do adolescente e o fortalecimento desta família para o exercício de seu papel de cuidado e proteção“, explica Silvana Mara Miranda, coordenadora do Serviço.

O encontro virtual será no próximo dia 22 de setembro às 19h30 pelo Google Meet. Os interessados podem entrar em contato pelo site www.casadacriançaedoadolescentedevalinhos , ligar no telefone 19 3829 3410 ou WhatsApp/celular 19 98367 0113. Solicite o link para participar das reuniões e agende a sua consulta informativa para saber mais sobre o Serviço de Acolhimento Familiar da Casa da Criança.

Participe! Você também pode fazer parte desta história.

 

 

Leia mais